sexta-feira, 14 de dezembro de 2012

GAROTA TOMA BANHO COM LENTES DE CONTATO E PERDE A VISÃO!



As lentes de contato são a opção para quem quer enxergar bem, com nitidez, sem precisar dos óculos convencionais. Com a mesma proposta corretiva das lentes que acompanham as armações, elas proporcionam menor distorção, melhor visão periférica e, de quebra, não embaçam ou arranham. Apesar das vantagens, precisam ser utilizadas com cuidados especiais, pois a manutenção inadequada pode comprometer a saúde dos olhos e levar até a cegueira. 

A britânica Jennie Hurst, de 28 anos, ficou cega de um olho após nadar na piscina de um hotel, na costa sul da Inglaterra, com lentes de contato. Ela contraiu uma doença infecciosa causada por protozoários presentes na água e precisou ser submetida a diversas cirurgias. Durante o tratamento, a moça teve de ficar em um quarto escuro por cerca de 3 meses, longe de qualquer claridade. “‘Eu me senti culpada de ter deixado isso acontecer quando eu poderia tê-las tirado e poupado tempo e aborrecimento a todos, e me poupado de dor”, contou, em entrevista à rede de televisão BBC, do Reino Unido. “Sempre fui cuidadosa com minhas lentes de contato. Sempre as tiro quando vou dormir e uso uma solução química para limpá-las”, argumentou. 

A médica oftalmologista, chefe do Departamento de Oftalmologia da Faculdade de Ciências Médicas da Unicamp, Keila Monteiro de Carvalho, explica que existem possibilidades de contaminação das lentes tanto pela poluição da água da piscina quanto do mar. “E ainda existe a possibilidade de a pessoa perder as lentes. Hoje em dia, não há mais justificativa para usar lentes de contato ao nadar, pois já existem lentes especiais para óculos de proteção”, comenta. 

De acordo com a Sociedade Brasileira de Lentes de Contato, Córnea e Refratometria (Soblec), as lentes de contato são usadas por cerca de 2 milhões de brasileiros. As complicações causadas por elas, esclarece a instituição, vão desde lesões e distorções na córnea, alterações nas pálpebras, hipóxia (falta de oxigenação na córnea), úlceras e até extensas opacidades, que podem levar à baixa visão. 

Antes de decidir sobre o uso das lentes, o escriturário Tiago Amorim, de 24 anos, procurou o oftalmologista e fez testes de adaptação. “Não foi simples para conseguir acomodar a lente no início, mas logo me acostumei”, diz ele. A oftalmologista Keila Monteiro explica que nem todas as pessoas podem usar lentes. “Existem contraindicações. Pessoas que apresentam alguma doença da superfície externa dos olhos precisam fazer tratamento antes de começar a usar”, explica. “Caberá ao oftalmologista um exame cuidadoso. Só depois é que os testes de adaptação devem ser feitos.”

Tiago usa lentes há 2 anos e não descuida da manutenção. “Antes de colocar, lavo as mãos com detergente neutro, faço toda a higienização com produtos específicos”, enumera o rapaz. “Sei que preciso ter bastante cuidado.” 

Todo cuidado é pouco na hora de cuidar e fazer a manutenção das lentes. “A higienização das mãos é a primeira parte dos cuidados, porque as lentes são colocadas com as mãos. Para higienizar as lentes gelatinosas, existem limpadores que praticamente não exigem muita fricção. Nas lentes rígidas, pode ser útil alguma fricção leve, sem pressionar, para não quebrarem”, diz a oftalmologista.

Para as mulheres que usam lentes, mas não abrem mão da maquiagem, Keila faz um alerta. “Se tiver bastante prática, pode colocar as lentes depois da maquiagem. Mas, se tiver pouca destreza, elas devem ser colocadas antes, para que não encostem nos cílios”, orienta.

Apenas médicos oftalmologistas podem prescrever lentes de contato

O Conselho Federal de Medicina (CFM) determinou que indicação e adaptação de lentes de contato são procedimentos que devem ser feitos exclusivamente por médicos oftalmologistas. A resolução, publicada no ano passado no Diário Oficial da União, determina ainda que a compra do produto deve ser feita mediante a apresentação de receita médica. 

De acordo com o documento, o ato médico começa com a consulta, seguida de exames complementares e avaliação clínica da escolha das lentes, processos de adaptação e controle médico periódico. Para o CFM, cabe ao médico determinar as características das lentes, tais como material, modelo, desenho e demais parâmetros técnicos a serem usados em cada paciente.
fonte: folha universal

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