Com 2.452.185 habitantes, Fortaleza tem mais de 130 mil pessoas com mais de 15 anos que não sabe ler ou escrever. Em um período de 10 anos, a taxa de analfabetismo absoluto dessa população caiu 33,07%, passando de 154.835 pessoas em 2000 para 130.091, em 2010. O dado faz parte de um estudo divulgado nesta terça-feira (20) pelo Instituto de Pesquisa e Estratégia Econômica do Ceará (Ipece).
A pesquisa mostra que, em 10 anos, Fortaleza foi a sétima capital que mais reduziu o número de analfabetos mas que, apesar desse desempenho, a capital cearense ainda ocupa a sétima posição entre as capitais brasileiras, concentrando 6,9% da população que não sabe ler e escrever.
Entre as capitais com as menores taxas de analfabetismo nessa faixa etária, em 2010, estão Florianópolis (1,9%), Curitiba (2,1%) e Porto Alegre (2,3%), todas localizadas na região sul do Brasil. Já as que concentram as menores taxas estão nas regiões norte e nordeste, como Maceió (11,4%), Rio Branco (9%), Teresina (8,8%) e Natal (7,9%).
A pesquisa mostra, ainda, que embora o analfabetismo tenha diminuído nas diversas faixas etárias, ele continua alta entre a população entre sete e 10 anos. Em 2010, 11,8% da população desta faixa etária não sabia ler e escrever. Em 2000, esse percentual chegava a 20,91%. Já entre a população com mais de 65 anos, os analfabetos representavam 21,5% do total. Em 2000, esse número representava 29,57% da população desse grupo de pessoas.
De acordo com o instituto, é possível deduzir que os analfabetos, em Fortaleza, estão tanto entre a população mais velha quanto pelas crianças. Esse quadro pode, segundo a pesquisa, ser resultado da incapacidade ou da falta de qualidade do sistema de ensino atual. A pesquisa mostra outro dado preocupante sobre o analfabetismo: tanto em 2000 quanto em 2010, e em todas as faixas etárias, a população feminina analfabeta é superior à masculina.
A pesquisa foi elaborada com base em informações dos Censos de 2000 e 2010 do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Para o Ipece, Fortaleza apresentou resultados satisfatórios na redução das taxas de analfabetismo, mas é necessário investir mais em ações e políticas publicas que incentivem as crianças e permanecer na escola até a conclusão dos ciclos necessários para a sua formação educacional.
Fonte: G1-Ce
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